Viu me atirando em facas apontadas para mim, e então ouvi sua voz, contando a cena, foi quando abri os olhos e percebi que se distanciava voltando para a estrada. E meu corpo se afastou com grande dor daquele obstáculo, e então percebi que as facas perderam as pontas. Onde estão?! Não as vi, mas senti... A solução foi esperar as cicatrizes se formarem. Então voltei para a estrada, retomei a vida e a rotina. Raros os que souberam do acidente e mais raros são os que trilham por aquele caminho. Pensei que viveria bem com as cicatrizes, e realmente vivi. Mas a gravidade é mais forte e às vezes as lâminas escorregam e não só a dor incomoda mas o sangue que derrama também. Vou drenando como posso, escondida neste cômodo que não só o teto, mas as paredes também são de vidro. Costumo construir cortinas para me sentir tranquila... me sinto melhor.
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