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Ramolucibrio

Alucinação maior, na mente
Vício contra o qual mais luto
Costume que não mais aceitaria
Não há sentido na leitura
Aumento o doce
Não há motivo pra ternura?
A ternura se motiva

Da emoção à razão!
Sem emoção, só a razão
Emoção, quero a razão
Razão que se equilibre por emoção!

RAzão
que pela
eMOção
se
aLUCIna
pensando estar em
equilíBRIO





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mentir ao íntimo

f az-se do silêncio, no silêncio, no teatro... faz-se no fingir e então, sempre a fingir... para alguns olhos fingir não ser, fingir não estar e em outros olhos fingir ser, fingir estar, fingir ter Ah mentira... que se consolida e toma conta de tudo mentira que não te quero mais e mentira, que não te quero mais mas como mentira, em verdade não te quero mais.

Frágeis Cicatrizes

Viu me atirando em facas apontadas para mim, e então ouvi sua voz, contando a cena, foi quando abri os olhos e percebi que se distanciava voltando para a estrada. E meu corpo se afastou com grande dor daquele obstáculo, e então percebi que as facas perderam as pontas. Onde estão?! Não as vi, mas senti... A solução foi esperar as cicatrizes se formarem. Então voltei para a estrada, retomei a vida e a rotina. Raros os que souberam do acidente e mais raros são os que trilham por aquele caminho. Pensei que viveria bem com as cicatrizes, e realmente vivi. Mas a gravidade é mais forte e às vezes as lâminas escorregam e não só a dor incomoda mas o sangue que derrama também. Vou drenando como posso, escondida neste cômodo que não só o teto, mas as paredes também são de vidro. Costumo construir cortinas para me sentir tranquila... me sinto melhor.