A
loucura que me corrói é a mesma que faz a minha vida acontecer... Somos
loucos já no momento de nascer, que temos que mudar de mundo... Saímos
do núcleo para a crosta... E só sobrevivem aqueles que podem mudar...
Quem disse que a vida daria certo no lado de fora?! Mas nós morreríamos
mais rápido se continuássemos naquela bolsa justa e molhada, na bolsa
que nos fazia bem. E hoje, bate-me a tristeza
de querer fazer apenas aquilo que tenho provas concretas de que dará
certo. Sei que desta forma não posso viver, deixe que o mundo enlouqueça
e assim aconteça... Deixe a coragem nos açoitar e revirar, pois é com o
sentir a coragem chicotear-se em nós que conseguiremos as possíveis
conquistas... A minha covardia envergonha-me e apaga-me... A minha
coragem faz sentir-me viva... O risco, ah! Risco, eu arrisco.
Passo vontades, todos os dias uma vontade. Um sede de liberdade. Uma sede de sair e descobrir muito mais do pouco que é possível saber sobre aquilo que o mundo abriga. Vontade de ser livre, mas perdi a chave da grade que coloquei em mim. Talvez eu a tenha guardado, por alguma crise de pânico diante das tantas portas abertas. Eu a escondi tão bem e usei uma grade tão forte e um cadeado também... tem sido complicado. Se encontrarem alguma chave perdida, me emprestem, vou testar aqui neste cadeado. Na dúvida, tenho me esforçado para arrombá-lo ou arrebentar as grades.
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