Passo vontades, todos os dias uma vontade. Um sede de liberdade. Uma sede de sair e descobrir muito mais do pouco que é possível saber sobre aquilo que o mundo abriga. Vontade de ser livre, mas perdi a chave da grade que coloquei em mim. Talvez eu a tenha guardado, por alguma crise de pânico diante das tantas portas abertas. Eu a escondi tão bem e usei uma grade tão forte e um cadeado também... tem sido complicado. Se encontrarem alguma chave perdida, me emprestem, vou testar aqui neste cadeado. Na dúvida, tenho me esforçado para arrombá-lo ou arrebentar as grades.
Ultimamente tenho refletido um pouco sobre as minhas atitudes e pensamentos, e tenho estudado um pouco sobre a mente humana. Ao fim de alguns períodos de tempo comecei a observar mais tudo aquilo que eu falo sobre minha vida e sobre mim, cada justificativa e cada problema. E tem sido engraçado olhar pra algumas coisas e perceber que realmente não passam de obstáculos criados, de travas e bloqueios que eu mesma estabeleci e estabeleço. Ler ou ouvir as teorias são atitudes fáceis, mas é um pouco difícil entender isso na prática. Para mim o primeiro passo complicado é compreender e aceitar o que nos é transmitido como conhecimento sobre o ser, reconhecer a nossa responsabilidade sobre nós mesmos; o segundo passo é começar a perceber-se, refletir, sentir onde nos bloqueamos; o terceiro passo eu ainda não experimentei conscientemente, mas acredito que seja o de quebrar esses bloqueios na prática. Provavelmente é como liberar-se para um bom gozo da vida; a continuidade da prática ainda...