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A estátua ambulante


Um homem que se sentia mago, ou talvez queria ser uma estátua.
Sempre escolhia uma posição diferente para se imobilizar.
Ninguém sabia quem era.
Todos o temiam, ou observavam impressionados.
Cada posição uma impressão, cada gesto uma atenção ganha.
Quando estendia a mão semi-aberta, parecia querer mover letras e pessoas através do subconsciente.
Ele vaga pelas ruas, sempre está em público, às vezes segue pessoas, não mora em casa fixa, sua casa são as ruas, concentra-se a cada pausa, fixa seus olhos em uma imagem qualquer, após alguns minutos se move, um movimento normal, e logo está parado outra vez, em posição de estátua como se fosse uma das obras de Aleijadinho.
Misterioso, este sim é misterioso, pelo menos é assim pelos olhos dos que não o viram crescer ou pelos olhos dos que não o conhecem.
Quem será esta estátua ambulante, este mago sem magia?!?!
Seria apenas um louco?!?!
Muitos tentam encerrar dúvidas dizendo “ele é louco, é doido”.
Mas se é louco, a loucura tem motivos.
Quais são os da loucura dele? Um sonho não realizado? Uma infância infernal? Um trauma adolescente?
Perguntas e incógnitas ficam, e a descrição que resta é: a ambulante estátua louca de um mago sem magia.

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