Na praça, com companhia agradável, seu violão... Ali pensando, viajando... Distante e um tanto amigável, talvez. Em uma prosa poética musicada eu vi, não pude ouvir. Imagem muda e mutável... Imagino quem seja, não sei quem é. Quanto mais eu conversava e fazia movimentos descompassados ou descompensados ao som da música que ao meu lado tocava, eu olhava... meus olhos não se desviavam daquela figura perdida ali naquele meio escuro. É comum, mas aos meus olhos imagem cara pela qual não paguei nada, além da grande admiração... No escuro da praça, com o jogo de luz da mal iluminada rua tangente à praça, num movimento de intimidade com os amigos, violão, pensamento, sentimento e mais alguém... E levantou-se, e foi... o astro da noite se foi, atrás das construções da cidade.
Passo vontades, todos os dias uma vontade. Um sede de liberdade. Uma sede de sair e descobrir muito mais do pouco que é possível saber sobre aquilo que o mundo abriga. Vontade de ser livre, mas perdi a chave da grade que coloquei em mim. Talvez eu a tenha guardado, por alguma crise de pânico diante das tantas portas abertas. Eu a escondi tão bem e usei uma grade tão forte e um cadeado também... tem sido complicado. Se encontrarem alguma chave perdida, me emprestem, vou testar aqui neste cadeado. Na dúvida, tenho me esforçado para arrombá-lo ou arrebentar as grades.
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